segunda-feira, 30 de junho de 2008


Por fim alcancei a maior de todos os questionamentos existenciais. Viver ou não viver. Não cito a morte (que desde então caminha comigo), pois a morte é o maior de todos os fins, mas a ausência de vida é o mais doloroso. Também não é uma questão de escolha. Por mais marcante que sejam as decisões que tomamos, tudo segue um fluxo revolto e misterioso. Apenas não sei para onde isso tudo está me guiando e temo pelo pior (sempre há o temor).
Silêncio na alma.
Nem o som, nem a luz me alcançam mais.

sábado, 14 de junho de 2008

it's as if i'm scared...

o corpo inerte e vazio na existência, flutua entre os meandros, entre as formas rochosas que eclodem do chão e moldes de almas transitantes. o som e o silêncio em simbiose. dias e noites passando, escorrendo. a imagem perfeita, presa na eternidade. imóvel, exceto pelo pano no vento e a agitação dos astros.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Ao menos um dia, queria sentir o gosto tão almejado do contato.
Da correspondência.

Algum dia, sentir o gosto da possibilidade concretizada, do dever cumprido, do trabalho feito.
Algum dia sentir, de alguma forma.
O gosto das coisas, a textura...
Sentir da forma mais pura, a essência mais verdadeira. O toque, o contato.
Sentir apenas.
Deixar o estado mórbido, inerte.
Viver finalmente, concluir os pensamentos. Concluir, é a palavra.
A que falta em todo um vocabulário. Talvez um pouco mais de razão também.
Um pouco menos de intensidade.
Abaixar o volume dos pensamentos, uma coisa assim. Desintonizar, se é possível.