terça-feira, 25 de novembro de 2008

Possível, possível, sou eu, possível.
Rodeie, fareje, mastigue e engula, pois sou eu, possível.

Abrace, afague e até ame
Estou eu , imóvel, passível

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A auto análise antes da análise não deu muito certo.
Tenho medo de passar a vida inteira preso, mas de alguma forma me faz bem pensar que ao menos isso é uma solução, aliás, uma máscara. Doa o que doer, mas que afugente, que cale os pensamentos incômodos que surgem a todo tempo, que os mascare mesmo. A evidência é cada vez mais dolorosa.
Vou deixar os planos pra depois. Nada disso importa mais. Não vou negar a influência da sorte, nem tentar disfarçar a minha condição.
Existem pessoas que estão sempre bem. Não é portanto difícil que hajam pessoas que nunca estão bem. Porque não? É o equilibrio vital.
Pra toda luz, há uma escuridão.

quinta-feira, 10 de julho de 2008


a insônia é um presente.
um convite a reflexão.
não temos ódio das noites mal dormidas, do corpo inquieto na cama.
temos ódio dos pensamentos na calada da noite.

ali, sozinho, ouvindo o eu, a gente, uma hora ou outra, entende a dinâmica da vida.
eis quando isso machuca. haja chá, terapia ocupacional, remédios sintéticos.

calem o meu cérebro.


http://www.youtube.com/watch?v=LtynjqYUOvk

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Tem horas, na larga existênica das coisas, que a unica coisa que falta é vida, pra tudo fazer sentido de alguma forma.
Quando toda essa vivacidade não está na gente, buscamos-a nos pequenos contatos, nos olhares pela janela, nos reflexos, nos solavancos durante todo percurso.
Alcançamos o limite e o êxtase, caminhamos sobre a tênue linha que separa os opostos, nos equilibrando do vento e dos passos em falso.

segunda-feira, 30 de junho de 2008


Por fim alcancei a maior de todos os questionamentos existenciais. Viver ou não viver. Não cito a morte (que desde então caminha comigo), pois a morte é o maior de todos os fins, mas a ausência de vida é o mais doloroso. Também não é uma questão de escolha. Por mais marcante que sejam as decisões que tomamos, tudo segue um fluxo revolto e misterioso. Apenas não sei para onde isso tudo está me guiando e temo pelo pior (sempre há o temor).
Silêncio na alma.
Nem o som, nem a luz me alcançam mais.